Brasil libera maconha para uso medicinal

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou um medicamento à base de maconha para tratar espasticidade – rigidez excessiva dos músculos – em pacientes com esclerose múltipla. Trata-se do primeiro medicamento à base de Cannabis sativa aprovado no Brasil.
Com o nome comercial Mevatyl, o medicamento contém tetraidrocanabinol (THC) em concentração de 27 mg/mL e canabidiol (CBD) em concentração de 25 mg/mL. A droga já é aprovada em outros 28 países, incluindo Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Suíça e Israel, onde é conhecido por Sativex.
O medicamento é indicado para pacientes adultos com espasticidade de grave a moderada relacionada à esclerose múltipla que não respondam a outros medicamentos e que demonstrem uma boa resposta ao Mevatyl após um período inicial de tratamento.
A Anvisa alerta que o medicamento não é indicado para tratar epilepsia nem pode ser consumido por pessoas com menos de 18 anos.
Até então, a Anvisa somente liberava a importação de medicamentos à base de Cannabis sativa comprados em outros países, mas não havia um produto dessa categoria com registro no país.
Assim como a maconha outra droga já foi muito usada como medicamento nos dois seculos passados, veja este pequeno relato encontrado no guia do estudante onde mostra aplicações da uso medicinal da cocaína: 
No final do século 19, uma paciente de Freud morreu de overdose e, entre 1885 e 1990, novos relatos clínicos revelaram tudo o que a comunidade científica precisava saber para abandonar de vez o uso da cocaína como medicamento. A reputação de Freud só não foi destruída porque era impossível controlar abusos de pacientes. O "pó mágico" era consumido livremente, fabricado por grandes laboratórios e considerado um remédio de largo espectro - era encontrado até em forma de pastilhas para dor de dentes. Os laboratórios Merck e Parke Davis apresentavam a droga em versões variadas: pó, extratos fluidos, inaladores, sprays e tônicos. Além dos medicamentos, doses generosas de cocaína estavam presentes em cigarros e bebidas, como o Vinho Mariani e a Coca-Cola, que foi lançada em 1886 e só retirou o alcaloide da fórmula em 1903.
Da Redação com Globo.com

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